'Estagmata'

A música errada no bar certo, endereço de reconhecimento e enviei resgate.
Emudeceu berrando, tamanho era o sossego da denúncia aos holofotes.Deve ter sido tarde pra você mais uma vez, há um segundo não lembro mais de como sempre seria não em ti.
Tuas desculpas eram velhices de menino velhaco gritando mãe.
Enquanto estruturavas previsões de fracassos nos meus assobios, tive 120 dias de convulsões sem drogas.
Estar avante e antes mesmo de comprar cigarros não relutei. Aprendi com uma barata.
Entendo anedotas, anoto dentes mas não me adota riso fácil. Sonhei que chorava do desconcerto anunciando cor à vela de cinzas.
Pertenci ao desempenho sem função por despreendimento, desorientei o tempo enquanto fui ao supermercado te arrastando pelas sandálias, aprendi mais uma língua para vender barato, domestiquei avalanche em curvas com um olhar e devastei incêndio vertical somente com sobras de cuspe. Nem fisicamente exausta só contemplo.
Tu nem sonhavas, afeiçoado à própria cova e sonho, bendizendo esperanças em destino inútil.
Sorri brotando a esmo nos destroços sem carbono e talvez alguma verdade absoluta seja mesmo meu travesseiro. Fique um anjo ou vice-versa se quiser, garantindo que eu destrua teus demônios frente e verso sozinha, só não me troque a natureza por costume.
Fiz um soneto? Não sei medir, insistem que sim em tudo, busquei ensaio então e nem disfarcei.
Não viu, por isso nem ao menos entendeu?
Virou e disse:
- Absurda! Você não pode existir tão fielmente à cara dura e não morrer vagina em mim.
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