Para a Moça-Bonsai




É, eu conheço a minha sorte..

Amarro palavras no fio escorrido do que sobrou, não sobrando nada.

Samurai me dôou seus orgãos uma vez, sem metáforas como a segunda. Agradeci devastando maçonarias com frutas cheirosas amassadas exalando asas mastigadas da Haghia.

Me disse que apenas devolvia o tomado sem consentimento e encostou seu ombro no meu retesando as duas colunas num só bico.

A quem

doarei

meus

órgãos

?

28 comentários:

Anônimo disse...

Zi, realmente, é para se ler diversas vezes, tamanha profundidade das palavras..... não sei se há um pouco de expressão de bondade no seu poema ou de doação total... e quem nos merece?? Assim eu também o entendi........ah, a vida... é uma interrogação, não é mesmo?? Ah, de apática você não tem nada..... um beijo forte.....e cuidado com sua saúde, baby.. não se doe tanto.....

Izabel Xarru disse...

delicadeza, finura .....
origami de seda volátil, favo.

Rodrigo de Almeida disse...

Grazzi, belas letras.
Resposta à pergunta-conto:
A quem
Interessar
Possa.

Zisco disse...

Você sempre doa vida a todos nós, sempre me enche dela com cada palavra que escreve, muitos como eu devem muito a você.
Te agradecerei sempre por poder ler cada uma dessas palavras que sempre mexem comigo, ainda que pareçam ser poucas, são sempre cheias de significado, e de vida.
Como poderia te agradecer?

Odir disse...

doe seus órgãos pra mim, Grazzi...

..De tua pele eu faço um mar
onde só caiba um barco,
mas que caiba o mundo todo
neste barco...
De teus olhos dois faróis:
um - rumo norte, o outro - rumo zênith.
De tua boca, uma rede pra me enfronhar quando cansado das lutas...
De teus cabelos um lençol negro
que me aqueça do medo da noite...
De teus pés, um catamarã lunar
(porque é isso que eles já são... te fazem navegar longe)

...De tuas mãos nada farei, Grazzi...
É delas que vêm as coisas que tu escreves aqui e ali... deixando rastros de perfume e vida... Tuas mãos,conservarei em um pote de néctar...pra lembrar dos teus textos.. como esse aqui.

Parabéns, Grazzi...

Grande Poeta!

enten katsudatsu disse...

ikebana de mata hari, além da espada q corta corações esquartejados da noite.

Cássio Amaral.

Rogério Saraiva disse...

Parabéns. Origamis orgânico cerebral.

Tony disse...

Sendo lei, vamos a caça de samurais.

o q eh do homem o bicho nao come..

Anônimo disse...

Quero seus órgãos,não, minha nega!
O que quero mesmo são as guias dos Orixás que fazem a sua cabeça produzir esses escritos.
Êta que a danada quando escreve parece que tá "tomada"!
Beijocas
Anna

Anônimo disse...

Lindo, profundo, sabiamente intrigante e instigante...
"... amarro palavras no fio escorrido do que sobrou..." - Magnífico!
Mil bjs poéticos.

Oldinei

Samantha Abreu disse...

tenho vontade de cair no clichê, no piégas e te dizer: sinto-me uma moça bonsai.
Só não vou dizer, porque ainda tenho uma ponta de dúvida: sou bonsai ou origami?
ainda não sei.
e tbém não sei a quem dar meus órgãos.

mas os recebo de quem for, e dobro-desdobro
são pilares, né não?!

texto dos bons.
Beijos, queridíssima!

Anônimo disse...

q coisa impressionante!!

te mandei outro email
bjos

lance

Deyvson disse...
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Luis Surprises & Grazzi Yatña disse...

Pequeno :D

Gigante :o

Tocante. :)

Não os doem Grazziela...

A filosofia dos Samurais não combina com a de uma poetisa, como você...

Que precisa sentir seus pulmões inflarem

Seus olhos coçarem

E seu coração pulsar.

Sinta o tocante!

Beijos

Anônimo disse...

à mim, né minha mãe?

Anônimo disse...

Já disse muitas vezes, quando crescer quero escrever uma vírgula do que você escreva.
Na suas palavras encontramos a sua alma.

Beijo

Anônimo disse...

Ops! Esse "escreva" tá parecendo coisa de gringa... :)

Paula.

Unknown disse...

pqp!
é bonito o texto, mas não entendi nada de novo.

Anônimo disse...

"Amarro palavras no fio escorrido do que sobrou, não sobrando nada."
O que sao sobras ? Sao residuos de nos mesmo ou marcas de pessoas que passaram por nos!
Lindo adorei belo metaforico e profundo como sempre

Anônimo disse...

Se eu fosse Hannibal Lecter, eu saberia o que fazer com eles. Como não sou, fica a incógnita no ar.

bjo Grazzi

Ana Cristina Souto

Unknown disse...

Grazzi, tua verve é um parto cósmico...

Anônimo disse...

Desde que não seja eu mesmo, não me importo com a identidade de quem ficar com meus órgãos... :)

Cell Miranda disse...

O que tu escreve sempre me deixa embasbacada. Dizer o que?...


Beijinho

Anônimo disse...

Grazzi estupendo texto costurado na alma. Sabor de fruta que está só em nossa imaginação.


Rachel Moraes

Anônimo disse...

Simples, singelo e cheios de significados....
A primeira coisa que pensei foi:
"Aonde foi que amarrei meu burro?"

Há uma gama enorme de energia, mesmo em pequenos enredos...
Como sempre,
Intenso, tenso e marcante.

Beijos!

Rodrigo de Almeida disse...

hora de renovar o post. sinto falta dos teus escritos.

Izabel Xarru disse...

linda
linda
linda
.
.
.
.
ad eternum
e com toda a ternura
assoprando seu pólen que quer ir
um pouco mais
ir
até
acasalar meteoros
ou uma pipa de seda
pendida no fio
como um sonho pisado.
flor!

O HOMEM SEM MEDO disse...

Katana que dissolve os ventos
Que estraçalham seu bonsai favorito
Mata à cata de eventos
Donde lhe venta um fustigo

Palavras etéreas menina...
E o (Ex)Homem sem medo é uma referência (algo reverencte?) ao imiscível Demolidor, de Stan Lee, o mago das cores vermelhas e negras que guardam uma semelhança especular comigo.
Procure por Demolidor no images.google.com mais proximo de vc...